Desbravar o amor próprio é uma jornada profunda e, muitas vezes, solitária. É entrar em contato com as camadas de nós mesmos que não mostramos para ninguém, aquelas partes que escondemos até de nós mesmos. Amar a si próprio não é só sobre aceitar o que gostamos, mas ter a coragem de olhar para as nossas inseguranças, de se abrir para as feridas, de tocar as imperfeições que evitamos com tanta frequência.

Nem sempre a busca por amor próprio é um caminho suave. É, muitas vezes, um trajeto feito em silêncio, em noites solitárias e em dias em que a insegurança pesa. Mas é nesses momentos, na quietude da nossa própria companhia, que começamos a entender que o amor que buscamos no mundo começa primeiro dentro de nós.

Aprender a se amar não é uma conquista, é uma prática. Tem dias em que nos sentimos completos, em paz com quem somos, e em outros, a gente se vê lutando com as partes que gostaria de mudar. Mas cada vez que escolhemos nos aceitar um pouco mais, nos acolher um pouco melhor, damos um passo na direção de uma paz que não depende de ninguém.

Amar a si mesmo é uma aventura. É saber que, antes de ser amado por outros, precisamos ser a nossa própria segurança, o nosso próprio lar. E, aos poucos, quando aprendemos a ser gentis conosco, o mundo ao redor começa a refletir o amor que encontramos dentro.