Ela é do tipo que recusa gentilezas
E nunca segura a porta quando alguém vêm
Está sempre acompanhada de olheiras
E de sua antipatia
Ela deixa seus livros cairem quando a sala é silenciosa
Seu cabelo de tom indefinido
Combina com a estampa da sua camiseta
Desbotada e gasta,
De uma banda quase desconhecida
Ela é doce
Mesmo com seu olhar amargo
Sua má reputação se espalha por aí
Mas ela não dá a mínima
Para o que seres humanos descartáveis têm a dizer
Seu sorriso foi roubado
Há um longo tempo…
A solidão é sua companhia,
Anda munida da suas enormes botas de combate
Mas você não se intimida,
E deixa um breve recado
Com garranchos em uma folha amassada
Dizendo que a ama.
Cinco dias se passam e nada foi dito
Você se pergunta se ela leu,
E então ela te encara por uns instantes
E sorri