Textos

que a minha loucura seja perdoada
às vezes me perco, às vezes me confundo entre tantas versões que existem de mim mesma, às vezes minhas inseguranças, paranóias, crises e defeitos tentam distorcer minha visão referente à beleza da minha essência.
por me cobrar demais em tudo, às vezes me esqueço de que perfeição não existe e tentar alcançar essa utopia, é uma jornada fadada ao fracasso.
se existe algo que sempre gostei de fazer, é escrever sobre mim em terceira pessoa para me lembrar de coisas que admiro e amo em mim mesma, todas as coisas boas que enxergo esperando que os outros também enxerguem e se deslumbrem.
nos meus diários antigos contém diversos rascunhos sobre "ela", que muitas vezes, sou eu mesma; escondida em codinomes.

o que mostro aqui e a todos é só a pontinha do iceberg. a beleza se encontra quando se permitem viajar no meu universo. são poucos, muitos já conheceram fragmentos de mim, arrisco dizer que nem eu mesma me conheço por completo. eu me admiro! eu me amo! hoje posso bradar isso, e como é difícil esse exercício de auto-admiração, sem egocentrismo. é uma linha tão tênue...

tantas coisas admiro. meu toque, meu intelecto, meu olhar, minha visão de mundo, minha simplicidade, sensibilidade, resiliência, lealdade, compreensão... as minhas pintinhas no ombro, meu bom humor, meu sorriso... a lista é infinita, finalmente aprendi a amar esse ser que eu sou. só assim consigo exalar amor ao outro.

tanto a dizer, a compartilhar, a viver. eu quero deixar uma marca no mundo. tento deixar uma marca em todas as pessoas que já conheci. daquelas que, em um dia qualquer ao ouvir uma música, ver uma imagem, ler a um livro ou visitar um lugar, as pessoas suspirem e lembrem de mim. um flash na mente, com carinho, afeto, gratidão ou saudade. é assim que quero ser lembrada quando partir: alguém que amou intensamente, todos os dias! a vida, a natureza, as pessoas.

e que ecoe em todo canto o quanto eu sou grata e feliz pela vida e por tudo e todos que me encontraram pelo caminho. essa imensidão construiu quem sou, levo partes de cada vivência como tatuagem em mim.
Anamí
Enviado por Anamí em 26/08/2024


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